Governo do Chile garante que não vai faltar dinheiro para reconstruir o país e ajudar as vítimas

06/03/2010 - 18h12

Vladimir Platonow e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

Concepción (Chile) e Brasília – O ministro da Fazenda do Chile, Andrés Velasco, afirmou hoje (6) à Agência Brasil que não faltarão recursos para reconstruir o país. Entretanto, ele evitou citar números ou cifras. O governo chileno dispõe do Fundo Soberano, que reúne cerca de US$ 18 bilhões, e faz campanha para arrecadar mais US$ 30 milhões. Segundo Velasco, as vítimas não ficarão sem ajuda ou sem apoio.

Velasco passou o dia hoje em visitas a Concepción - segunda maior cidade do Chile e uma das mais atingidas pelos terremotos - e outras cidades afetadas pelos abalos de terra e tsunamis. Por determinação da presidente chilena, Michelle Bachelet, todos os ministros estão envolvidos nas ações de reconstrução e apoio às vítimas.

A pedido de Bachelet, a Organização das Nações Unidas (ONU) deve liberar cerca de US$ 10 milhões para as vítimas. Segundo a presidente, 35 países e 16 entidades não governamentais também colaborarão com os chilenos.

Como medidas emergenciais, o governo instalou hospitais de campanha nas regiões atingidas – Sul e Centro do Chile -, centrais de distribuição de alimentos para cerca de 250 mil pessoas que podem se servir até três vezes por dia, e providenciou a doação de água. Também há um esforço público para reorganizar os sistemas de abastecimento de energia e telefonia.

No entanto, moradores que ficarão desabrigados reclamam da demora na ajuda governamental. O cálculo é que cerca de 2 milhões de chilenos tenham sido  atingidos pelos tremores e tsunamis. Pelo menos 279 morreram. Ondas de saques estouraram em todo país. Para conter a violência, o governo decretou toque de recolher nas áreas consideradas mais críticas.