Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Contrariando as expectativas, o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, afirmou, há pouco, que não renuncia ao cargo. A renúncia era dada como certa pela imprensa, mas o governador disseque foi convencido por secretários, deputados e partidários do DEM a permanecer no cargo.
Segundo ele, o principal receio era o de uma possível a intervenção federal no DF.
“Já renunciei ao direito de me candidatar ao governo do Distrito Federal, mas não posso ainda renunciar da obrigação de servir a Brasília e a seu povo. Por isso, envidarei todos os esforços para buscar a governabilidade que permita voltar a tranquilidade à comunidade brasiliense”, disse Paulo Octávio.
Ele não descartou, contudo, a possibilidade de renunciar ao cargo após as decisões que o Supremo Tribunal Federal deve tomar na próxima semana.
“Na próxima semana, decisões importantes poderão mudar a vida de Brasília. Por isso, apesar de ter a carta [de renúncia] pronta, já entregue à líder do meu partido, [deputada] Eliana Pedrosa, aguardo mais alguns dias, conforme me aconselhou o presidente Lula”, disse o governador, referindo-se ao encontro mantido hoje (18) de manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao fim do pronunciamento de Paulo Octávio, houve uma confusão entre estudantes e a representante do DEM Lú Freitas, com troca de agressões verbais entre eles. A representante teve que ser escoltada pela Polícia Militar.
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