Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), anunciar a sua permanência no cargo, a oposição cobra a abertura de impeachment.
“Esse vai e vem do Paulo Octávio só aumenta a situação de instabilidade. A resposta da Câmara é abrir o pedido de impeachment”, afirmou o líder do PT na Câmara, Paulo Tadeu. Cinco pedidos foram protocolados na Casa desde a sexta-feira passada (12). A Procuradoria da Casa já acatou três deles.
A renúncia de Paulo Octávio era dada como certa por alguns deputados distritais. Ele é citado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, como um dos beneficiários do suposto esquema de pagamento de propina a deputados distritais e empresários em troca de apoio político.
Paulo Octávio assumiu o governo distrital há uma semana, na quinta-feira da semana passada, depois de José Roberto Arruda (sem partido), apontado como líder do esquema de corrupção, ter se licenciado do cargo e ter sido preso por tentativa de suborno a uma das testemunhas do caso.
Com a permanência de Paulo Octávio no comando do governo distrital, a ideia de uma intervenção federal pode ganhar força. Embora o presidente da Câmara, Wilson Lima (PR), tenha dito que o Supremo Tribunal Federal (STF) não aceitará o pedido de intervenção feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
“Confio na Justiça do meu país, que não vai abrir um precedente”, afirmou, antes de dar início à sessão para a instalação da comissão especial que vai analisar os pedidos de afastamento de Arruda. A sessão foi adiada por algumas horas à espera do posicionamento de Paulo Octávio.