Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Carl Bildt, defendeuhoje (11) que o processo de compra dos 36 caças para renovação dafrota aérea brasileira por parte do governo seja “transparente ejusto”. Bildt evitou se referir às informações de que o Brasilhavia escolhido um consórcio francês em detrimento do sueco edo norte-americano.“Queremos avançar em várias áreas de tecnologiade ponta. Os caças entram nesse contexto”, afirmou Bildt, que conversouhoje com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e vai se encontrar também com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. “Presumo que sejamprocessos transparentes [os que envolvem a escolha da empresa]. Não ésurpresa alguma que eu fale a favor da oferta sueca, que tem umcomponente maior de desenvolvimento e pesquisa.”O governobrasileiro decidirá por uma das três concorrentes - a sueca Saab,fabricante do modelo Gripen NG; a norte-americana Boeing, responsávelpelo caça F-18 Super Hornet, e o consórcio Rafale International,liderado pela francesa Dassault. Anteriormente, Amorim avisouque a decisão final seria política, e não apenas técnica. O presidenteLuiz Inácio Lula da Silva decidirá sobre a compra dos aviões de caça emparceria com Jobim. Depois da reunião com o ministro sueco, Amorim garantiuque o processo de escolha da empresa é transparente. “Claro que étransparente o processo”, disse. No final do próximo mês, osreis da Suécia, Carlos Gustavo e Sílvia, estarão no Brasil. A rainha Sílvia nasceu noBrasil e ainda mantém vínculos com o país.