Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Asirmãs da Congregação Notredame, da qual pertencia a missionária DorothyStang, comemoraram hoje (5) a decisão da 5ª Turma do Superior Tribunalde Justiça (SJT) que derrubou, ontem (4), o habeas corpus que mantinhaem liberdade o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida.Emseu primeiro julgamento Bida foi condenado a 30 anos de prisão emregime fechado, por ser considerado um dos mandantes do assassinato da religiosa. Beneficiando-se da legislação que previa um novojulgamento para condenados a pena superior a 20 anos, foi absolvido nosegundo julgamento. No entanto, no final do ano passado, um recurso doMinistério Público ao Tribunal de Justiça do Pará conseguiu anular aabsolvição, e foi decretada nova prisão o que levou a defesa a impetraro habeas corpus. Com a decisão do STJ, Bida deve voltar para cadeia.Emnota, as irmãs lembram que passados quase cinco anos da morte deDorothy Stang, o outro acusado de ser o mandate da morte de DorothyStang, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, ainda não foilevado a julgamento.“Para proteger a sociedade brasileira éessencial que as autoridades esclareçam a continuidade dos crimes e doconsórcio criminoso que estava sendo denunciado por Dorothy Stang”,argumentam as religiosas na nota. “Queremos, assim como Dorothy, que asautoridades investiguem e busquem punir os crimes e os criminosos cujadenúncia, documentada, Dorothy fazia e razão da sua morte. Queremosquebrar o acobertamento que perpetua a impunidade dos criminosossócio-ambientais poderosos no Pará. Doa a quem doer”, diz trecho danota.