Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Aindústria de máquinas e equipamentos estima um crescimento de até18% em seu faturamento estre ano. Mas, para o presidente daAssociação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos(Abimaq), Luiz Aubert Neto, o crescimento necessário, a fim decontrabalancear a queda do setor em 2009, seria de 25%. “Paraa gente recuperar a perda do ano passado, a gente tem de crescer 25%[no faturamento] no mínimo. Só que aí é ser otimistademais. Uns 15% a 18 % acho que é plenamente factível a genteatingir esses números”, disse.A indústria brasileira demáquinas e equipamentos faturou em 2009 R$ 64 bilhões, 20% menosque o montante registrado em 2008. No último mês do ano passado, ofaturamento foi de R$ 6,3 bilhões, 0,6% superior a dezembro de 2008.Em relação a novembro de 2009, houve crescimento de 7,3%. A quedanas exportações foram responsáveis por 40% do recuo do faturamentodo setor. De acordo com Aubert Neto, o câmbio continua sendoo grande vilão dos investimentos em bens de capital no país. Opresidente da Abimaq vê uma possibilidade de “desindustrialização”no país caso o dólar mantenha a cotação atual.“Se eunão consigo vender meu produto aqui, eu vou para a China, pego umarepresentação de uma máquina chinesa e venho vender aqui noBrasil. Para o governo, continua a mesma coisa, porque eu continuotirando minha nota fiscal, continuo pagando impostos, mas não estoumais fabricando aqui. Quanto mais permanecer esse câmbio e mais nósdesestimularmos o investimento, o efeito a longo prazo disso é adesindustrialização”, afirmou.