Lísia Gusmão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O desaparecimento de seis adolescentes em Luziânia, cidade a 60quilômetros de Brasília, pode estar vinculado à exploração sexual demenores. Esta é uma das linhas de investigação adotada pela PolíciaCivil de Goiás, que, contudo, prefere manter sob sigilo os detalhes docaso. Numa reunião com o senadores da CPI da Pedofilia, na 5ª Delegaciade Luziânia, os policiais informaram que há pistas de que os jovensestão vivos, mas rejeitaram a participação da Polícia Federal.Segundoo secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller, a PF podeser convocada, por exemplo, se os adolescentes já não estiverem emGoiás. "Há toda determinação da Polícia Civil de Goiás para que todosos meios sejam disponibilizados nesta investigação. Até o momento,nenhuma hipótese é descartada", disse Roller, que acompanha o caso emLuziânia junto com policiais do serviço de inteligência deslocados deGoiânia.Embora a Polícia Civil tenha descartado a participaçãode policiais federais, as famílias dos seis adolescentes estarão emBrasília amanhã(4) para exigir que a PF entre no caso. Elas vão participar deaudiência na CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes daCâmara. Os senadores da CPI da Pedofilia avaliam que aslinhas de investigação da policia goiana podem levar, em pouco tempo, àlocalização dos jovens. Na esteira dos últimos desaparecimentosde adolescentes em Luziânia, Marlúcia de Mattos tenta reabrir o caso deseu filho, que sumiu em 5 de novembro de2008. Segundo ela, Diego, então com 13 anos, saiu de casa às 16h parabrincar com os amigos na quadra esportiva e nunca mais apareceu. "Apolícia deu meu filho como morto, mas não me entregou o corpo. Nãoperdi a esperança. Eu sei que vou achar meu filho. Mas não queremincluir meu caso neste pacote", afirmou Marlúcia, em referência aosseis recentes casos. "Meu caso tem mais de um ano e não foi resolvido.Só a Polícia Federal pode ajudar."