Redução da jornada de trabalho não deve ser votada em ano eleitoral, diz CNI

03/02/2010 - 15h33

Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ArmandoMonteiro Neto, afirmou hoje (3) que projetos referentes às relações detrabalho não devem ser votados em ano eleitoral.“Precisamos ter cuidadopara que não ocorra um retrocesso. Há uma tentação de se adotarempropostas demagógicas, como a da redução de jornada de trabalho”, disse ele,referindo-se à Proposta de Ementada Constitucional (PEC) 231. A PEC,que tramita no Congresso Nacional desde 1995, reduz a jornada máxima detrabalho de 44  para 40 horas semanais, sem diminuir o salário, eaumenta de 50% para 75% a remuneração da hora extra.Armando Monteiro participou hoje de seminário, promovido pela CNI,  para analisar a  conjunturapolítico-econômica brasileira e debater os projetos que estão emtramitação no Congresso e irão integrar  a Agenda Legislativa daIndústria neste ano.Segundo ele, aexpectativa da indústria é de crescimento da economia em5,5%, embora sejam necessário tomar alguns cuidados. “Vamos ter umano de maior crescimento, mas vamos precisar reduzir custos na áreatributária, por exemplo. “O mundo pós-crise é diferente, e o Brasilprecisa melhorar, reduzir custos e  retomar reformas que foramabandonadas em função da crise econômica.”O presidente da CNI informou que, por causa das limitações de tempo do ano eleitoral, a agenda daindústria seráelaborada com uma pauta mínima, restrita a projetos prioritários para osetor. Entre os temas que constarão dela, estão medidas para modernizar ogasto fiscal, simplificação do sistema tributário, lei de manejoambiental, aumento do investimento público e melhora na eficiência dagestão governamental.Os pontos da agenda serão apresentados pela CNI aos candidatos à Presidência da República no segundo semestre deste ano.