Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Avotação dos projetos de lei sobre a exploração do pré-sal queainda não foram aprovados pela Câmara dos Deputados deve ficar paraa próxima quarta-feira (10). Após reunião de líderes hoje (3), opresidente da Casa, Michel Temer, fez um acordo com a oposição, queprometia obstruir a votação dos projetos de capitalização daPetrobras e do regime de partilha.Os líderes da oposiçãoficaram irritados quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silvavetou uma restrição que tinha sido aprovada no Congresso para queverbas do orçamento não pudessem ser repassadas a quatro obras daPetrobras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União(TCU). Com o impasse, o presidente da Câmara prometeuprocurar o presidente do Senado, José Sarney, para propor aconvocação de uma sessão do Congresso para a próxima terça-feira(9), a fim de que deputados e senadores apreciem o veto dopresidente. Após atender a essa demanda da oposição, os deputadosse comprometeriam então a votar os dois projetos do pré-sal naquarta-feira O líder do PSDB, deputado João Almeida (BA),disse que não há intenção de aproveitar a oportunidade para votartambém outros vetos polêmicos, como o do reajuste dos aposentados. “O acordo que há éno sentido de apreciar exclusivamente o veto referente à leiorçamentária. Nós da oposição não aceitamos essa investida queo presidente Lula fez descumprindo um acordo e desqualificando todo osistema de controle montado pela legislação brasileira”, disseAlmeida. Segundoo líder do governo na Casa, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), nãohouve quebra de acordo do governo com a oposição. “O veto é umaprerrogativa legal do presidente da República”, ressaltou.Para hojeficaram programadas as votações do Projeto de Lei nº 720/10, que prevêindenização de R$ 500 mil para cada família dos militares mortosno terremoto do Haiti. A reunião de líderes também decidiuque nos próximos dias 23 e 24 devem ser instaladas as comissões,com eleições de presidentes, vices e relatores. Quanto ao projetosobre os políticos com ficha suja, para que as candidaturas daquelescondenados por crimes graves sejam excluídas, a expectativa degoverno e da oposição é que seja votado até março. “Opresidente Michel Temer pediu a todos os líderes que apresentem asobservações para que a gente discuta esse tema em março. O governonão emitirá nenhuma posição em relação a essa questão”,declarou Vacarezza. Para que o projeto tenha validade nas eleiçõesdeste ano, a votação tem que ocorrer até maio.