Fila por cirurgias de traumato-ortopedia em instituto no Rio tem 20 mil pessoas

23/01/2010 - 15h39

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cercade 20 mil pessoas esperam por uma cirurgia no Instituto Nacional deTraumato-Ortopedia (Into), unidade de referência do Ministério da Saúdelocalizada no Rio de Janeiro.Segundo o vice-diretor do instituto, João Matheus Guimarães, asmaiores filas de espera encontram-se nas especialidades de cirurgias deprótese de quadril, de prótese de joelho e de coluna vertebral. Paraessas cirurgias, os pacientes podem aguardar até três anos.Paracirurgias menos complicadas, a fila é menor, assim como o tempo deespera. Para as intervenções em mãos e pés, por exemplo, a espera podeser de apenas um mês, conta o vice-diretor.A fila de espera porcirurgias no Into vem crescendo ano a ano, já que o instituto nãoconsegue atender à demanda e, com isso, o número de pacientes vemacumulando. Em 2008, por exemplo, a fila tinha 17 mil pacientes.A expectativa do vice-diretor do Into é de que esse problema seja minimizado com ainauguração da nova sede do instituto, que funcionará no antigo prédiodo Jornal do Brasil, na zona portuária do Rio de Janeiro. Com o novo local, espera-se ampliar de oito para 21 o número de salas de cirurgia, mais do que dobrando a capacidade do Into.Parte do novo prédio já deverá ser inaugurada em maio deste ano. O restante das obras será gradualmente liberada até que, em outubro deste ano, o novo Into possa estar funcionando plenamente. Entre maio e outubro, portanto, a mudança da sede atual para o novo prédio deverá ser gradual.“O planejamento é para que essa mudança seja escalonada, porque é como se agente tivesse trocando um pneu com o carro em movimento. A gente nãotem como parar o nosso hospital, que tem 20 mil pessoas na listaaguardando cirurgia e que opera num volume grande. Então, a ideia éfazer uma mudança gradual exatamente para que não haja uma interrupçãocompleta do atendimento aos pacientes”, disse.Com a nova sede,o Into acredita que a espera para cirurgias como as de quadril e joelhoseja reduzida de três anos para um ano e meio. O novo hospital tambémpermitirá triplicar a capacidade de atendimentos ambulatoriais.