Ex-chefe da Casa Civil do DF permanece calado durante depoimento à Polícia Federal

20/01/2010 - 16h25

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-chefe da Casa Civil do Distrito Federal José Geraldo Maciel ficoucalado durante depoimento de aproximadamente 40 minutos na Superintendência da Polícia Federal noDistrito Federal. Ele não revelou qualquer informação sobre o supostoesquema de pagamento de propina no governo local e preferiu permanecer em silêncio. De acordo com a PolíciaFederal, nesta fase da investigação, é possível usar o direito de ficar calado. Maciel pode ser chamado novamente paraprestar depoimento. Maciel teria sido encarregado de pagaraproximadamente R$ 400 mil mensais a alguns deputados distritais dabase aliada em troca de apoio ao governador José Roberto Arruda (sempartido), conforme inquérito da Operação Caixa de Pandora, quetramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo odenunciante, o ex-secretário de Relações Institucionais doDistrito Federal Durval Barbosa, Arruda teria pedido para centralizarem Maciel o esquema de distribuição do dinheiro recebido das empresasprestadoras de serviço do Distrito Federal. Maciel deixou a superintendência por uma porta lateral, longe do local onde estava a imprensa. Pelamanhã, foi suspenso o depoimento do diretor-presidente da PolitecGlobal IT, Hélio Santos Oliveira, uma das empresas de informática supostamente envolvidas noesquema. Ele pediu o adiamento alegando que seu advogado está fora deBrasília.Ontem (19), opolicial civil aposentado Marcelo Toledo, acusado de ser um dosoperadores do esquema, também ficou calado no depoimento ao delegadoAlfredo Junqueira, graças a uma liminar do Supremo Tribunal Federal(STF). O depoimento de Fábio Simão, ex-chefe degabinete de Arruda, foi adiado sob a alegação de que a defesa não teve temposuficiente para estudar o inquérito.