Técnicos descartam contaminação do Paraíba do Sul por produto tóxico

20/01/2010 - 23h03

Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), querecolheram amostras de água do Rio Paraíba do Sul, descartaram ahipótese de contaminação por produto tóxico.Segundo a secretáriado Ambiente do Rio, Marilene Ramos, as análises sóestarão concluídas ao longo do dia. Ela informou que aconclusão preliminar permite afirmar que o forte cheiro que exalavado rio, percebido na manhã de ontem (20) na altura do município deBarra Mansa, foi causado pela proliferação de algas marinhas.“Não há nenhumindício de vazamento que tenha causado esse odor, que é típico dealgas. A gente acredita que com o calor e a chuva houve um aumento nonúmero de algas, que acabaram sendo arrastadas ao longo do rio”.A secretária também afirmou que as algas não estavam em quantidade suficiente para apresentar alguma toxicidade na água. "Por isso, retomamosa captação de água desde o fim da tarde de ontem e não chegamos asuspender a transposição do Paraíba do Sul para o Rio Guandu, quefornece água à região metropolitana”, explicou.Por medida de precaução, até que o resultadodas análises permita identificar o motivo do mau cheiro, acaptação de água foi suspensa por volta das 9h de ontem (20) nosmunicípios de Volta Redonda e Barra Mansa, que têm sistemaspróprios de abastecimento; e na cidade de Pinheiral, que recebe águapor meio da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), quetambém abastece a capital e a região metropolitana.As prefeituras de Volta Redonda e de Barra Mansainformaram, hoje (21) de amanhã, que a captação foi retomada nofim da tarde de ontem e que a interrupção no serviço não chegou aprejudicar a população. A Cedae também garantiu que os moradoresde Pinheiral não sofreram com a falta de água. De acordo com aassessoria de imprensa da companhia, a redução no abastecimento sócostuma ocorrer após, pelo menos, 12 horas sem captação.Pararealizar as análises, uma equipe de técnicos da Cedae e do Ineacoletou água em diversos pontos do rio. Outro grupo percorreufábricas para verificar a possibilidade de vazamentos. Além disso,uma equipe de analistas de qualidade da água seguiu de helicópteropara a região, para reforçar o monitoramento.Em agosto doano passado, o Rio Paraíba do Sul teve suas águas contaminadas porum vazamento de óleo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Aempresa foi multada em R$ 5 milhões. O rio abastece cerca de 12milhões de pessoas em municípios do Rio de Janeiro, de Minas Geraise São Paulo.