Goiás promete intensificar campanha contra a hanseníase

10/01/2010 - 16h49

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A proximidade do Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase,no próximo dia 31, levou a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás aintensificar sua campanha para sensibilizar e orientar a populaçãosobre os sintomas da doença infecciosa que atinge pele, nervos dosbraços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz.     Segundoa coordenadora do Programa de Hanseníase da Secretaria de Saúde deGoiás, Edna Alencar, a mobilização envolverá profissionais de Saúde das246 cidades goianas que, com o auxílio de peças publicitáriasveiculadas na mídia local, tentarão conscientizar a população sobre ossintomas da doença e a importância do diagnóstico precoce.“Estamosmobilizando nossas regionais e as secretarias municipais para arealização de atividades conjuntas. Estamos programando atividadessocioeducativos como palestras e a apresentação de vídeos, além deintensificarmos o atendimento à população nas unidades básico desaúde”, contou Edna ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.Deacordo com a coordenadora, apesar do número de novos casos estaduaisestarem estabilizados já há alguns anos, Goiás ainda sofre com umpatamar alto que, pelos critérios da Organização Mundial de Saúde(OMS), colocam o estado entre os de hiperendemicidade da doença. “Temos,hoje, cerca de 4,6 casos para cada 10 mil habitantes. Por isso mesmoestamos trabalhando nesta mobilização, intensificando as ações decontrole, buscando aumentar a detecção, o diagnóstico e o tratamento,para, assim, podermos reduzir a transmissão e controlar a doença”,disse Edna, explicando que nas divisas com Tocantins e com o Mato Grossoconcentram o maior número de casos.  Edna alertou para apossibilidade de a hanseníase causar deformidades físicas e destacouque o tratamento é facilitado quando a doença é identificada logo nosprimeiros sintomas, caracterizados pelo surgimento de manchasesbranquiçadas ou avermelhadas em uma área da pele onde ocorre a perdade sensibilidade, na maioria das vezes acompanhada pela perda de pelos. “Qualquerpessoa que apresente esses sintomas deve procurar uma unidade básica desaúde, onde irá receber o tratamento adequado, que é gratuito e podedurar entre seis e 12 meses”. Segundo Edna, todas as pessoasque tem um contato íntimo ou prolongado com o doente devem se submetera exames para averiguar se houve ou não contágio já que o bacilo deHansen, responsável pela transmissão da doença, pode ser eliminado pormeio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros). Segundoo Ministério da Saúde a hanseníase (que até há algumas décadas eraconhecida por lepra e era tratada com o isolamento dos pacientes) não étransmitida por meio de copos, talheres ou outros utensílios domésticos;assentos; apertos de mão, abraços, beijo e contatos corporais rápidos;picadas de inseto; relação sexual; aleitamento materno ou doação desangue. Além disso, assim que a pessoa começa o tratamento médico cessao risco dela transmitir a doença.