Começa a funcionar bolsa de negócios oficial integrada ao Fashion Rio

10/01/2010 - 14h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A primeira ediçãodo Rio-à-Porter, bolsa de negócios oficial integrada aoFashion Rio, começa hoje (10) no Cais do Porto,no Rio de Janeiro. Lançado na noite de ontem com um desfile coletivo, o novo salãode negócios, paralelo ao evento tradicional docalendário de moda  fluminense e nacional, reúne 169 expositores até opróximo dia 13.Os organizadores esperam um públicode mais de 3 mil visitantes nos quatro dias da bolsa de modae design, envolvendo lojistas brasileiros e compradoresinternacionais, para fechar contratos com as confecçõesparticipantes, representativas de polos formados por micro epequenas empresas do setor do Rio de Janeiro e de váriosestados do país.O maior polo de moda do Rio é  o de Petrópolis, na região serranafluminense, e se destaca pela preocupação com ainovação e a sustentabilidade. A coordenadora do polo,Simone Gouvêa, informou à Agência Brasil que asdez marcas da cidade  que participam da bolsa de negóciosestão apostando na tecnologia para  agilizar aprodução. Além de softwares (programas decomputador) específicos, as confecções adotamcada vez mais maquinário eletrônico. O uso da inovação permite economia de tempotrabalhado e aumento da produção, destacou SimoneGouvêa.  “O uso desses softwares, além deagilizar o trabalho de corte e  modelagem, é bem maispreciso do que você fazer tudo manualmente. Agiliza muito onosso trabalho”.A coordenadora do Polo de Petrópolis destacou a redução de custos entre asvantagens oferecidas pelo uso da tecnologia no setor da moda. “Oaproveitamento, às vezes, é de 86% a 89%, coisa que,com certeza, não se conseguiria manualmente. O reparo que sejoga fora é muito pequeno. E é um meio também dese ajudar o meio ambiente”.O refugo de malhas custa barato para as artesãs  de baixa renda da  região, que o usam para fazertapetes e bolsas, vendidos nas estradas de acesso aomunicípio. A preocupação com o  desenvolvimentosustentável leva algumas marcas a procurar  tambémusar em suas criações tecidos reciclados, como fio PETe fibra de bambu.O Polo de Petrópolis écomposto por 800 indústrias formais que produzem 100 milhõesde peças anuais e representam 14% do Produto Interno Bruto(PIB) do município. As micro e pequenas confecçõesda região respondem pela geração  emanutenção de 40 mil empregos diretos e indiretos nacadeia produtiva. Nesta primeira edição oficialdo Rio-à-Porter, a expectativa dos integrantes do póloé elevar entre 15% a 20% os negócios, em relaçãoàs vendas diretas efetuadas na apresentação dacoleção em janeiro do ano passado, que somaram R$ 600mil, disse Simone Gouvêa. “Hoje, o evento triplicou  decompradores. E a gente está acreditando que  ele vaibombar, se Deus quiser. A gente está apostando”, externou.