Contribuição de órgãos de inteligência à PF é menos aceita que a de cidadãos, diz chefe do GSI

01/12/2009 - 15h35

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A exposição daatividade de inteligência no Brasil é “muito ruim”, e issoacaba gerando algumas contradições, como o fato de ser maisaceitável, para o público, que um cidadão – e não os órgãosde inteligência – ajude a Polícia Federal (PF) em suasinvestigações. A opinião é do ministro-chefe do Gabinete deSegurança Institucional (GSI) da Presidência da República, generalJorge Armando Félix, que se manifestou hoje (1º), após participardo seminário internacional Atividade de Inteligência e ControleParlamentar, na Câmara dos Deputados. “Há muito o quedesmistificar na atividade de inteligência no país. Hoje um cidadãocomum pode trabalhar para ajudar as investigações da PolíciaFederal [mas o mesmo não ocorre quando a ajuda vem dainteligência]. Isso é questionável”, disse Félix, sem sereferir diretamente ao caso do ex-secretário de RelaçõesInstitucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, cuja colaboraçãocom a Polícia Federal resultou na Operação Caixa de Pandora.Sobre o escândalo que atinge membros do Executivo e doLegislativo do Distrito Federal, Félix disse apenas que se trata de“um problema político e policial”, e que, “por se tratar decrime, cabe à PF coletar provas e apresentá-las ao Judiciário”.O seminário Atividade de Inteligência e ControleParlamentar discute, entre diversos temas, a participação doLegislativo nas atividades de inteligência, e conta com aparticipação de especialistas dos Estados Unidos, do Canadá, doReino Unido, de Portugal, da Argentina e do Chile.