Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O corregedor doDistrito Federral, Roberto Giffoni, afirmou na noite deste sábado (28) queas imagens divulgadas pela imprensa que comprovariam o suposto esquemade divisão de dinheiro entre integrantes do alto escalão do governosão “velhas” - de 2005 - e foram usadas pelo ex-secretário deRelações Institucionais de Brasília, Durval Barbosa, para obter“ganhos futuros”.No vídeo, o governador José RobertoArruda recebe um maço de dinheiro. De acordo com Giffoni, esses recursos foram destinados a ações sociais. Para o corregedor, Barbosatentou induzir os interlocutores em gravações. “O objetivo deleera desviar o foco dos 32 processos contra ele queestão na Justiça”, disse. Giffoni afirmou que Arruda não pensa em renúncia ou afastamento do governo. A ideia éa cada situação apontada na investigação apresentar o“contraditório”. Barbosa decidiu ajudarnas investigações da Polícia Federal sobre o GDF em troca deeventual redução de pena. Ele aceitou que escutas fossem instaladasem suas roupas e, com isso, gravou conversas em que há negociaçãode divisão de dinheiro. O ex-secretário foi incluído no Programa de Proteçãoa Testemunhas da Polícia Federal.Delegado da PolíciaCivil aposentado, Barbosa integrou o governo de Joaquim Roriz (PSC),durante o qual chegou a presidir a Companhia de Desenvolvimento doPlanalto Central (Codeplan), alvo de numerosas denúncias deirregularidades, como a contratação indevida de empresasterceirizadas. Por ter colaborado na campanha eleitoral de Arruda, em2006, foi nomeado secretário de governo.A Operação Pandora daPolícia Federal (PF) foi divulgada ontem (27) e tem o objetivo dereprimir supostas fraudes em licitações e esquema de divisão derecursos para integrantes do alto escalão do governo do DF edeputados.