Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A cúpula do governo do DistritoFederal é alvo de uma ampla investigação daPolícia Federal, a operação Caixa de Pandora,que levanta suspeitas sobre a ocorrência de um suposto ecomplexo esquema de corrupção. No centro das denúnciasestão o governador do DF, José Roberto Arruda, e seuvice, Paulo Octávio, ambos do DEM, deputados distritais eassessores diretos do governo, além de empresários.As acusaçõesenvolvem indícios de pagamento regular e frequente de propinapara colaboradores do governo. Pelo menos R$ 600 mil teriam sidorepassados por meio de arrecadação de empresas privadasque mantêm contratos com o governo do Distrito Federal.A situaçãose agravou mais com a divulgação de imagens gravadas,por meio de sistema ambiental montado pela Polícia Federal.Foram 31 fitas de CDs e DVDs. Em uma delas, divulgada ontem (28),pela Rede Globo, Arruda aparece recebendo dinheiro de seu assessorDurval Barbosa – responsável pelas denúncias feitas àPolícia Federal.Porém, de acordo com as investigações, o supostoesquema de corrupção ocorre desde de 2002 ainda durantea campanha do ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz – hojeadversário de Arruda, mas no passado aliado. Em setembro, foiinstaurado processo no Superior Tribunal de Justiça(STJ) para investigar as denúncias.Na última sexta-feira (27), Arruda afastou sete de seusassessores diretos citados nas investigações. Sãoeles: Durval Barbosa, responsável pelas denúncias e atéentão secretário de RelaçõesInstitucionais do governo do Distrito Federal; José GeralMaciel, apontado como responsável pelo repasse do dinheiro echefe da Casa Civil; José Luiz Vieira Valente, ex-secretáriode Educação que é suspeito de ter recebidodinheiro.Também foramafastados o ex-chefe de gabinete do governador Domingos Lamoglia, queé apontado como um dos articuladores do suposto esquema; osucessor de Lamoglia, Fábio Simão, o empresárioGilberto Lucena e o assessor de imprensa de Arruda, OmézioPontes.