Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Japão, China, Canadá e Dinamarca apresentaram registros de resistência ao tamiflu, medicamento usado no tratamento de influenza A (H1N1). Por causa disso, o Ministério da Saúde adverte as pessoas não se automediquem. "É um sinal de alerta que mostra que o medicamento tem que ser usado com precaução. O tratamento com antiviral é para pessoas que apresentam fator de risco", disse o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.Noranking mundial de mortes por influenza A (H1N1) – gripe suína –, o Brasil aparece atrásde outros países da América do Sul. NoChile, que lidera o número de mortalidade na região,é 0,40 morto para cada 100 mil habitantes. Na Argentina,esse número cai para 0,34. No Brasil, é 0,015 mortopara cada 100 mil habitantes.Hageexplicou que os sintomas e o tratamento das pessoas que apresentam a gripeH1N1 e a gripe comum é exatamente o mesmo. Segundo ele, sãoconsiderados graves apenas os casos em que as pessoas apresentamdificuldade de respirar e febre acima de 38 graus. De acordo com o diretor, não hádistinção comprovada entre o quadro clínico de influenza A (H1N1) – gripe suína – e o da gripe sazonal.Entreos 1.566 casos de influenza A (H1N1) – gripe suína – contabilizados pelo Brasil, 222 sãoconsiderados graves. Em termos proporcionais, 57% dos contaminadossão mulheres e 60% dos casos ocorrem em jovens e adultos entre20 e 49 anos.OMinistério da Saúde ainda recomendou que estudantes,principalmente das regiões Sul e Sudeste, que apresentaremquadro de gripe, febre alta, dores no corpo e dificuldade pararespirar, não retornem às aulas. A recomendaçãovale também para professores, diretores e pessoas quetrabalham em escolas. “O ambiente fechado facilita a transmissão”,disse Hage, Ele acrescentou, no entanto, que estudos feitos nos Estados Unidose na Europa mostram que suspender as aulas não impede acirculação do vírus. “É apenas umamedida para as próprias crianças”, completou.