Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As indústrias fluminensesestão reagindo à crise financeira internacional e jámostram uma tendência de crescimento no número decontratações para o segundo semestre. A avaliaçãofoi feita hoje (15) pelo chefe da Divisão de EstudosEconômicos da Federação das Indústrias doRio de Janeiro (Firjan), Patrick Carvalho.
Nota técnica deacompanhamento mensal do mercado de trabalho, divulgada hoje pelaFirjan, mostra que a indústria de transformaçãoteve um saldo positivo de 1.741 vagas em maio, considerado o maissignificativo desde o início da crise externa. Osdestaques foram a indústria de produtos alimentícios,bebidas e álcool etílico, que contratou 1.337 pessoas,e a indústria têxtil, que criou 540 postos de trabalho,o que significou mais que o dobro de contrataçõesfeitas no mesmo mês de 2008 (214).
Segundo o último registro doCadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério doTrabalho, em maio, foram gerados 7.920 novos empregos no estado doRio de Janeiro.
“A gente percebe que, apóso forte ajuste do final do ano passado, a recuperaçãona margem já foi feita. Mês a mês, vem melhorandoo quadro. E a gente acredita que, no segundo semestre, haveráuma recuperação ainda mais rápida no mercado detrabalho. Os indicadores estão apontando nesse caminho”,avaliou.
O economista da Firjan afirmou queos setores automobilístico e da construção civilpodem registrar elevação das contrataçõesnos próximos meses, por conta das recentes medidas adotadaspelo governo tais como a redução de impostos e oincentivo à habitação popular.
No acumulado de janeiro a maio,entretanto, a indústria de transformaçãoregistrou perda de 4.837 empregos, em função da crise.Patrick Carvalho observou que os valores, em geral, já sãomenores no começo do ano, especialmente nos meses de janeiro efevereiro. Se fossem excluídos esses dois meses, ele estimouque o saldo seria um pouco maior.
Nos cinco primeiros meses de 2009, osaldo de vagas no estado foi 9.712. O setor de serviçosrespondeu por 17.965 contratações e a indústriada construção civil, por 13.386 novos empregos. Emcontrapartida, o comércio perdeu 18.942 vagas.