Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O secretário deSaúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas, afirmou hoje (15) que ainfluenza A (H1N1) – gripe suína – está “perfeitamente sobcontrole” no Brasil e que a situação “é de tranquilidade”,apesar de estarem sendo registrados mais casos da doença no país. “Estamos registrando mais casos do queestávamos, porque estamos no inverno, quando sempre aumenta o númerode casos”, explicou Barradas.Segundo Barradas, há mais de 500 casos da doençaem São Paulo, e cinco pessoas estão internadas em unidades deterapia intensiva (UTIs), Ele não comentou, entretanto, qual oestado de saúde delas..“Infelizmente registramos dois óbitos: o de umamenina, em Osasco, e o de um rapaz, que nós anunciamos ontem (14),em Botucatu, que faleceu no Hospital das Clínicas da cidade.” ASecretaria de Saúde ainda está investigando as causas decontaminação da menina, que morreu em Osasco, no dia 30 de junho,informou Barradas. No caso de Botucatu, Barradas disse que o rapazteve contato no Brasil com estrangeiros vindos da Argentina e doChile. “Era um paciente que tinha uma condição de saúde nãomuito boa. Ele sofria de uma patologia, obesidade mórbida, e issopode ter contribuído para que ele desenvolvesse a doença da formamais grave”, disse o secretário. Ninguém mais da família dorapaz manifestou sintomas da doença.Barradas recomenda que se evitem as viagens depessoas com algum problema de saúde, de crianças ou de idosos paralocais onde estão ocorrendo muitos casos de gripe suína, como aArgentina, o Chile, os Estados Unidos, o México, o Canadá e aInglaterra. “Quem tem algum problema de saúde ou imunidade menor,recomenda-se que não frequente aglomerados e não viaje nas fériaspara esses lugares, se puder evitar." Conforme o secretário, amaioria dos casos no Brasil é de pessoas que viajaram ou tiveramcontato com pessoas que viajaram para essas áreas.Às pessoas que estejam gripadas, ele aconselhaque procurem um médico de confiança, e não os hospitais.“Conversem com o médico de sua confiança, porque, na maior partedas vezes, o que essas pessoas têm é a gripe comum, que todos nóstemos todos os anos.” Além disso, é preciso evitar aglomeraçõesnos hospitais para evitar demora no atendimento.“Só devem procurar o hospital aquelas pessoasque tiveram contato próximo, que é aquele em que as pessoas tomamcafé da manhã ou dormem juntas, assistem à televisão no mesmosofá. Ser vizinho de parede ou de alguém em um prédio não é tercontato próximo. Não se pega gripe se uma pessoa entrar numambiente, numa sala ou num teatro onde esteve um gripado. A pessoaprecisa conversar com outra que está com gripe. A pessoa que estácom gripe precisa espirrar ou tossir na cara da que não está comgripe”, explicou.