Crise prejudicou repasses do Fundo de Participação dos Municípios, diz confederação

15/07/2009 - 16h19

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da ConfederaçãoNacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, afirmou hoje (15) que a crise financeirainternacional acabou atingindo os repasses de recursos para asprefeituras. Ao participar da abertura da 12ª Marcha dos Prefeitos a Brasília, Ziulkoski disse que, com acrise, o governo teve “perdas nas suas contas” e, com isso, orepasse de recursos do Fundo de Participação dosMunicípios caiu cerca de R$ 7 bilhões em janeiro e fevereiro. “O governotem gordura para queimar, pode trabalhar com o superávitprimário. O espirro que deu a crise já atingiu osmunicípios com uma gripe quase suína, irreversível",afirmou Ziulkoski.Segundo ele, nos últimos anos, os municípiosforam os que mais realizaram investimentos. Em 14 anos, eles investiram R$ 280 bilhões– só em 2008 foram R$ 31 milhões. “Quem estáfazendo política anticíclica no Brasil são osmunicípios”, destacou.Ziulkoski voltou a cobrar aregulamentação da Emenda 29, que destinamais recursos para a saúde. "Osmunicípios gastaram [nos dois últimos anos]R$ 22 milhões a mais na saúde”, reclamou. Ele pediu ainda que aCâmara dos Deputados, onde tramita a regulamentação,aprove “com urgência” o texto.Opresidente da Frente Nacional de Municípios, JoãoCozer, pediu que o governo dê mais atenção àquestão da mobilidade urbana, principalmente nas cidades queserão sede de jogos da Copa do Mundo de 2014. Para Cozer, “épreciso fazer uma amplo debate” sobre essa questão, levando em conta as cidades-sede da Copa e também asoutras.Amarcha dos prefeitos vai discutir de hoje até esta sexta-feira(16) temas como a regulamentação da Emenda29, aProposta de Emenda à Constituição (PEC) dosPrecatórios e a proposta de reforma tributária.