Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Durante encontro comprefeitos em Brasília, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc,admitiu hoje (14) que pode ter havido injustiça no caso em quepecuaristas e frigoríficos do Pará foram punidos emação do Ministério Público Federal (MPF)acusados de causar desmatamento na Amazônia. Segundo questionouo prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, algumas fazendassofreram injustiça, porque foram punidas com base apenas nanotificação, sem que o caso tivesse sido julgado.Na avaliaçãodo Minc, “pode ter sido cometida alguma injustiça” no caso do Pará,mas a medida foi importante porque grandes frigoríficos firmaram termos de ajuste para se adequar às exigências ambientais. “Isso vai obrigar todo mundo a correratrás”, afirmou. No início dejunho, o MPF ajuizou ações contra pecuaristas efrigoríficos do estado por causarem devastaçãoda Floresta Amazônica. Alguns dias depois, três grandesredes de supermercados - Pão de Açúcar,Carrefour e Wal-Mart - decidiram suspender a compra de carne de onzefrigoríficos localizados em áreas apontadas como dedesmatamento na região amazônica. Minc disse ainda que ocaso do Pará acelerou a discussão sobre a necessidadede reforço na rastreabilidade do gado. “Logo em seguida aCâmara aprovou uma lei sobre rastreabilidade e o BNDES aprovou umcrédito especial para colocar isso na ordem. A gente tem quese modernizar e a questão ambiental faz parte disso”, disse.Segundo Minc, está sendo discutida com o Ministério daAgricultura uma parceria para tratar do assunto. O ministro defendeu queos produtos brasileiros precisam tem um “selo verde”, caso contrárionão vendem no exterior. “Isso vai melhorar a nossa carne evai abrir mais mercado externo. Porque não é sóa questão ambiental, é também a sanitária”,apontou.