Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois da Justiçapaulista suspender as mais de 4,2 mil demissões da Embraer, aministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, acredita que esta sejaa oportunidade para a fabricante de aviões negociar um acordode “forma mais humana” com os trabalhadores. Dilma afirmou que nãocabe ao governo comentar a decisão judicial, mas disse que opresidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou ao presidente daempresa, Frederico Curado, sua insatisfação com acondução das demissões. Lula e Curadoreuniram-se, em Brasília, na última quarta-feira (25). “Não temos quenos manifestar. É uma questão entre a Embraer e osindicato. Mas o presidente deixou claro para a diretoria da Embraerseu descontentamento com o fato de que poderia ter sido feita umaação de uma forma mais humana, já que asquestões internacionais e não nacionais levaram aempresa a demitir”, disse a ministra hoje (27), em Florianópolis(SC), onde acompanhou o presidente Lula na inauguraçãode uma linha de transmissão de energia elétrica. De acordo com Dilma, ogoverno não negociou com a Embraer as demissões, apenasfoi comunicado. A suspensão das dispensas vale até 5 demarço, conforme determinação do TribunalRegional do Trabalho (TRT) de Campinas.