Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O investimentoestrangeiro direto (IED), caracterizado pelo interesse duradouro doinvestidor na economia, deve fechar o mês de fevereiro em US$1,8 bilhão. A previsão é do Banco Central. Neste mês, atéhoje (20), o IED está em US$ 1,5 bilhão. Em fevereirodo ano passado, o IED chegou a US$ 890 milhões. Segundo o chefe doDepartamento Econômico do BC, Altamir Lopes, em janeiro oresultado de US$ 1,930 bilhão ficou menor do que o esperado(US$ 2,5 bilhões) por conta de retorno de investimento nosetor de telecomunicações. “O fluxo estábastante positivo, mesmo em um período como este de criseaguda”, acrescentou.Com relaçãoàs contas externas, a projeção do BC é deum déficit de US$ 1 bilhão em fevereiro. Em janeiro, osaldo negativo foi de US$ 2,753 bilhões, valor menor do queos US$ 4,028 bilhões registrados no mesmo período de2008. “A despeito de uma piora no saldo comercial, hámelhora [nos dados] de serviços”, afirmou Lopes.De acordo com ele,atualmente é mais “rápido e menos dolorido” oajuste das contas externas brasileiras em momentos de crise. Lopesafirmou que diminuiu a necessidade de financiamento do país,com redução de remessas e lucros, por exemplo. Alémdisso, as despesas com juros são menores. Em janeiro, a conta deserviços e rendas (juros, lucros e dividendos e viagensinternacionais) apresentou déficit, de US$ 2,424 bilhões,contra US$ 5,274 bilhões registrados no mesmo períododo ano passado. A balançacomercial (exportações menos importações)registrou saldo negativo de US$ 524 milhões. As exportaçõessomaram US$ 9,782 bilhões e as importações US$10,306 bilhões. As remessas de lucros edividendos de filiais de empresas estrangeiras no Brasil chegou a US$698 milhões, o menor valor desde setembro de 2005 (US$ 644milhões). Para meses de janeiro, é o menor resultadodesde de 2005 (US$ 372 milhões). Em fevereiro, atéo hoje (20), as remessas somam US$ 665 milhões.Segundo Altamir, háainda a expectativa de redução no déficit naconta de viagens internacionais, formada por gastos de brasileiros noexterior e de estrangeiros no Brasil. O motivo é a reduçãoda renda e a maior contação do dólar.