Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) interditou nove postos de combustíveis nos últimos sete dias, no estado do Rio de Janeiro. O principal motivo foi a aferição irregular das bombas, que marcavam mais combustível do que realmente era entregue ao consumidor. Em um dos casos, a diferença entre o marcado e o que ia realmente para o tanque chegou a 300ml em cada 20 litros. Assim, o motorista que colocasse 50 litros, perdia 750ml, um prejuízo de quase R$ 2 (com o preço do litro a R$ 2,60).
Também houve caso de gasolina fora dos padrões, com excesso de álcool, e de pressão de GNV acima do recomendado. Além desses casos, o posto Fórmula Truck, no município de Araruama, Região dos Lagos, foi novamente autuado porque voltou a operar sem autorização da ANP, que já o havia interditado na última semana, por vender gasolina com 55% de álcool, quando o limite é 25%. O gerente do posto foi detido pela Polícia Federal.
Segundo a coordenadora de fiscalização da ANP, Helenice Dias, existem 36 mil postos de combustíveis em todo o país e um total de 103 fiscais da ANP, o que representa um fiscal para cada 350 postos de combustíveis. No estado do Rio de Janeiro, a relação é um pouco mais favorável: são 2,1 mil postos para serem inspecionados por 30 fiscais, ou um funcionário da ANP para cada 70 postos.
Helenice Dias falou da importância dos consumidores denunciarem sempre que algumairregularidade for notada na hora de abastecer o veículo.“O consumidor pode ajudarmuito. Deve pedir a nota fiscal quando abastece e pode pedir o teste docombustível, que o revendedor é obrigado a fazer”, afirmou a técnica daANP. Denúncias podem ser feitas diretamente para a ANP através do telefone: 0800 970 0267.