Marrocos quer ampliar ambiente de negócios para melhorar qualidade de vida de seus habitantes

30/01/2009 - 0h43

Cristiane Ribeiro*
Enviada Especial
Casablanca (Marrocos) - Marrocos é o último país visitado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, que coordena missão empresarial  brasileira ao Norte da África. O regime de governo é a monarquia, cujo rei Mohammed VIassumiu o trono em julho de1999,  promovendo ações em diversas áreas para melhorar oambiente de negócios e a qualidade de vida dos cerca de 30,5 milhões dehabitantes. Os efeitos do esforço aparecem lentamente, aolado de obras de infra-estrutura, saneamento e de construção de casas.Pelas ruas de Casablanca, a segunda maiorcidade depois da capital Rabat, muita gente sobrevive do empregoinformal, vendendo flores, frutas ou pequenas mercadorias. Outros, noentanto, têm bom padrão de vida, tocam seus empreendimentos edesfrutam de boas moradias e de carros novos de alto valor.Abrasileira Rafaela Viegas, casada com um diplomata e que mora em Rabathá três anos, considera os marroquinos alegres, carinhosos eatenciosos, virtudes semelhantes aos brasileiros. Ela disse que nuncateve problemas no país em função das restrições impostas às mulherespor causa da religião muçulmana.“Há situações em que os homens nãofalam comigo. Apenas com meu marido. Se chamo um encanador paraconsertar a descarga do banheiro, por exemplo, ele nem olha para mim esó segue as orientações dadas por meu marido. Se houver uma fila, oshomens podem passar à frente, enquanto as mulheres têm que aguardar asua vez. Mas são costumes culturais, que a gente acaba se adaptando”,relatou.Quanto ao uso de lenço na cabeça e de roupas compridas,Rafaela conta que as adolescentes marroquinas já não fazem uso davestimenta, mas que não deixam de freqüentar as mesquitas para a reza,nem de seguir o Ramadã, que é o jejum em períodos estabelecidos pelareligião. A vida noturna em Casablanca segue os moldes da França.Há vários “cafés” e boates com alta freqüência. Na madrugada, quandochega a hora de fechar os estabelecimentos, os funcionários, seguem atradição árabe. Param de servir bebidas e tira-gostos, desligam amúsica e batem palmas várias vezes para lembrar aos freqüentadores que éhora de ir para casa.