Premiê chinês aponta sinais de recuperação na economia do país

28/01/2009 - 17h07

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Emum dos discursos mais esperados do 39º Fórum EconômicoMundial, em Davos, na Suíça, o primeiro-ministro daChina, Wen Jiabao, assegurou que a economia de seu país jácomeçou a dar sinais de recuperação pós-crise.“Desde o final de dezembro, vemos sinais de recuperaçãoda economia chinesa. São pequenos sinais, mas me dãoesperança”, afirmou Jinbao. Segundo ele, a terceira maioreconomia do mundo deve crescer 8% em 2009.De hoje até o dia 1º de fevereiro,cerca de 2.500 pessoas discutem, na pequena cidade dos Alpes Suíços,novos rumos para a economia mundial. O tema central do encontro desteano é Moldando o Mundo pós-crise. Diante das previsões de que o crescimentomundial será puxado, em 2009, pelas economias emergentes,países como China e Rússia ganharam destaque na ediçãodeste ano. Líderes dos dois países falaram já noprimeiro dia do evento. A expectativa geral é sobre como osemergentes evitarão que a crise financeira internacionalderrube a economia real.Na semana passada, o governo chinês informouque a taxa de crescimento em 2008 foi de 9% – embora bem acima damédia mundial, foi o pior resultado dos últimos seteanos. Hoje, em Davos, Jiabao disse que os bancos já estãoampliando o crédito, o consumo está crescendo entre 20%e 21% e os preços dos produtos industrializados estãosubindo.Apesar dos sinais positivos, Jinbao reconheceu ogrande impacto da crise financeira sobre uma das mais dinâmicaseconomias do planeta: “Enfrentamos sérios desafios,incluindo a forte retração da demanda externa, oexcesso de produção em alguns setores, difíceiscondições de negócios, aumento do desemprego emáreas urbanas e uma forte pressão negativa sobre ocrescimento econômico”, admitiu o premiê chinês.Ele fez, ainda, uma alerta aos cerca de 40 líderesque estão em Davos: o protecionismo só irápiorar e prolongar a crise. Brasil e Índia, que integram o grupo deemergentes conhecido como Brics, com China e Rússia, estãorepresentados no fórum apenas por ministros. O governobrasileiro está presente com o ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim, e com o presidente do Banco Central,Henrique Meirelles.