Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Fruto de uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal,100 novas casas foram entregues hoje (21) a policiais civis e militares,bombeiros, agentes penitenciários e peritos no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. As habitaçõesfazem parte das ações do Programa Nacional de Segurança Pública comCidadania (Pronasci), que já beneficiaram 300 policiais de baixa derenda.Os imóveis, com aproximadamente 37 metros quadrados, são beneficiados peloPrograma de Arrendamento Residencial (PAR) e estão avaliados em R$ 40mil. As prestações mensais ficaram em cerca de R$ 300, podendo serpagas em até 15 anos. Novosedifícios residenciais estão sendo construídos em seis municípios daregião metropolitana e em Campos, Macaé, Mesquita, Niterói, Resende eSão Gonçalo.O plano prevê concessão de cartas decrédito de até R$ 50 mil e acesso a benefícios pela Caixa EconômicaFederal. O financiamento poderá ser de até 100% do valor, enquanto que,para os demais compradores, é exigida a entrada de 20%. A rendafamiliar deve estar entre R$ 980 e R$ 2.800.Além dessasunidades, localizadas no bairro de Campo Grande, outros 240 apartamentos do condomínio foram entregues. O investimentototal do empreendimento custou R$ 13,6 milhões. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que a iniciativa de mesclar cidadãos civis com policias é estratégica.“Acabamos com esse conceito antigo de uma unidade única para osprofissionais da segurança. Isso é importante para promover aintegração e garantir a segurança”, disse o governador.Sérgio Cabral informou que já existem 10 mil policiais do Estado inscritos no programa e a previsão é de que até marçomais 200 policiais sejam atendidos. A meta do governo federal,segundo informou a assessoria do Ministério da Justiça, é chegar a trêsmil casas até o final do ano.O ministro da Justiça, TarsoGenro, que participou da cerimônia de entrega das chaves, disse que oplano de habitação do Pronasci não visa apenas melhorar a vida dospoliciais, com moradias dignas, como também evitar que essesprofissionais morem em áreas tomadas pelo crime organizado e corramrisco de vida. Para ele, as mudanças geradas por esse tipo deiniciativa são lentas, porém profundas.“Esse programa é oúnico capaz de mudar o conteúdo da relação do Estado com a sociedade,onde o corpo policial seja uma extensão da própria comunidade e não umapresença hostil à comunidade, que precisa dos seus serviços”, disse o ministro.Alémdo ministro da Justiça e do governador, participaram dacerimônia o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a vice-presidente da CaixaEconômica Federal, Clarice Coppetti, entre outras autoridades