Corte dos juros é providencial mas precisa chegar ao crédito, diz economista da FGV

21/01/2009 - 18h56

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O economista Ricardo Araújo,da Fundação Getulio Vargas (FGV), demonstrou surpresacom a queda um ponto percentual da taxa básica de jurosSelic, determinada hoje (22) pelo Comitê de PolíticaMonetária (Copom) do Banco Central.Ricardo Araújo esperava umcorte de 0,50 ponto percentual. Com a redução, a taxade juros passa de 13,75% ao ano para 12,75% ao ano. O economista daFGV disse que a queda foi uma medida “providencial”. “Ataxa precisava cair”, afirmou. O economista Ricardo Araújodisse que a queda da Selic é bom para o país, porque vai dinamizar os investimentos. Mas advertiu que “se nãocair o spread bancário (a diferença entre a taxade aplicação e a de captação derecursos), o efeito será nada, porque o grande problema doBrasil é o spread bancário”. Segundo ele, ataxa cobrada pelos bancos torna muito caro o crédito no país.