Pequenas empresas de moda do Rio buscam na natureza matéria-prima para suas confecções

13/01/2009 - 18h12

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As micro e pequenas empresas fluminenses do setor de confecções  estão buscando cada vez mais na natureza matérias-primas para seus produtos. É o caso do Pólo de Moda de São Gonçalo, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ali, 300 confecções defendem desde 2005 a moda ecologicamente correta e optaram por usar materiais alternativos, como o jeans sem lavagem, as malhas feitas de fibra de bambu ou com algodão orgânico que não usa agrotóxico.As empresas do pólo estão participando da nova edição da bolsa de negócios da moda Fashion Business, aberta hoje (13) na Marina da Glória, em paralelo à feira Fashion Rio. Segundo o presidente do Sindicato das Confecções de São Gonçalo e Região,  Aldeir de Carvalho, as pequenas confecções de São Gonçalo geram em torno de 10.000 empregos diretos, sendo 70% para costureiras, e mais 5.000 empregos indiretos terceirizados.“Além disso, São Gonçalo deve ter hoje em torno de mais 10.000 empregados informais. A nossa intenção é trazer esse pessoal todo para a formalidade e desenvolver uma economia forte dentro do município. Quando existe organização, força, união, o crescimento está garantido. No mínimo, a sustentabilidade é garantida.”Algumas empresas utilizam  material reciclável em suas coleções e provam, com isso, que é possível fazer produtos de qualidade, com valor agregado social e ecológico. A estilista Célia Martins, da empresa Porus, contou que outras confecções criam bordados em suas peças,  estimulando e treinando suas arrematadeiras para trabalharem como artesãs em casa “e ganhar, com isso, mais renda. É importante essa sustentabilidade”, destacou.