Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O dólar fechou hoje (13) cotado a R$ 2,327 para venda, comalta de 1,35% em relação à véspera. Foi o segundo dia seguido devalorização do dólar, apesar de o Banco Central (BC) ter atuadoduas vezes no mercado de câmbio com o objetivo de segurar a tendênciade alta da moeda, por causa das incertezas sobre a crise financeiramundial e seus desdobramentos.Depois de um início de ano com a moeda norte-americana em retração, nos seis primeiros dias úteis de janeiro, a tendência de alta voltou e, no início da tarde dehoje, o dólar atingiu cotação máxima de R$ 2,335. A tendênciaaltista foi quebrada, porém, por duas intervenções do BC.Primeiro,a autoridade monetária colocou US$ 500 milhões no mercado em leilão devenda conjugada com recompra futura, conhecido como “leilão de linha”. A operação funciona comoum empréstimo de dólares à vista, que voltam a compor as reservasinternacionais no prazo contratado.O BC ofereceu três lotes para empréstimos de dólares, com vencimentos em 2 de março, 1º de abril e 4 de maio.Só o último lote despertou interesse do mercado interbancário decâmbio, segundo comunicado do Departamento de Operações dasReservas Internacionais. Os dólares foram vendidos a R$ 2,327 e a taxamáxima de recompra foi fixada em R$ 2,394868.Na segunda intervenção,o BC vendeu dólares à vista pouco antes do encerramento do pregão, aopreço de R$ 2,3038. Nesse caso, a moeda estrangeira deixa efetivamentede fazer parte das reservas, mas o banco não divulga quanto vendeu.Amanhã(14), o BC dará continuidade à política de irrigar o mercado cambialcom mais dólares, destinados especificamente ao financiamento dasexportações. A autoridade monetária vai oferecer US$ 1,5 bilhão para osbancos tomadores operarem adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC)e adiantamentos sobre cambiais entregues (ACE).Nesse caso, adivisa também volta, no futuro, a fazer parte das reservas, em temposdiferentes, dependendo do prazo de vencimento de cada empréstimo.