Sindicato considera 2008 melhor ano para a construção civil nas duas últimas décadas

29/12/2008 - 13h39

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Responsável pelageração e manutenção de cerca de doismilhões de empregos formais no país, o setor daconstrução civil deve encerrar o ano de 2008 comcrescimento próximo de 9%, afirmou à AgênciaBrasil o presidente do Sindicato da Indústria daConstrução Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio),Roberto Kauffmann. Ele é também representante daCâmara Brasileira da Indústria da Construção(CBIC) no Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(CCFGTS).Segundo Kauffmann, 2008foi o melhor ano da construção civil brasileira nasúltimas duas décadas. “A construçãocivil teve uma performance notável em 2008”, disse. Osfinanciamentos com recursos da poupança vão atingireste ano R$ 30 bilhões, e com recursos do Fundo de Garantia doTempo de Serviço cerca de R$ 15 bilhões. Houve tambémrecursos de empresas que se capitalizaram na Bolsa de Valores.Kauffmann estima, então, que os investimentos emfinanciamentos na construção civil se aproximam de R$60 bilhões em 2008. O estado do Rio de Janeiro responde por15% da indústria nacional.O orçamento doFGTS no próximo ano já foi aprovado pelo ConselhoCurador e deverá somar cerca de R$ 20 bilhões, dosquais R$ 14 bilhões serão destinados àhabitação. “E a poupança deve repetir entreR$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões. Então, nósnão achamos que teremos nenhum retrocesso”.Roberto Kauffmannlembrou ainda o anúncio do governo federal de apoiar ahabitação popular, principalmente em áreas ondeexistem transporte coletivo. O projeto foi apresentado pela entidadeà ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ele acredita que aefetivação dessa proposta deverá levar aindústria da construção civil a repetir ocrescimento de 2008 no ano que vem “ou até superar esteano, focando muito mais na habitação econômica ena habitação popular”. Kauffmann ressaltou quea crise mundial não afeta o setor da construçãocivil. Sobre o risco de desemprego, ele disse que o perigo éevidente no setor exportador de commodities (produtos mineraise agrícolas vendidos no mercado internacional). O sindicalistagarantiu que não houve redução de emprego naárea da construção no país. “Pelocontrário. Falta mão-de-obra na construçãocivil. Existem muitas obras em andamento e outras vãocomeçar.”