Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça,Tarso Genro, afirmou há pouco, em depoimento à CPI dasEscutas Telefônicas Clandestinas, que ainda não háprazo para o encerramento do inquérito que investiga a supostaexistência de escutas que teriam interceptado conversas entre opresidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes,e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).Para o ministro, ainvestigação vai pelo menos mostrar de onde nãoveio a escuta ilegal. “Me pergunto, em função daprivatização da arapongagem que existe no país,se será possível achar os responsáveis”, disseTarso, referindo-se à disseminação de detetivesparticulares no Brasil.Ele também negouque tivesse qualquer informação sobre cooperaçãoentre a Polícia Federal e a Agência Brasileira deInteligência (Abin) durante a OperaçãoSatiagraha, antes de o caso chegar à imprensa.Questionado pelopresidente da comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ),sobre o suposto acesso do diretor afastado da Abin, Paulo Lacerda, ainterceptações da PF, Tarso reafirmou que se issoaconteceu, o procedimento foi irregular. “Se alguém obteveinformações sigilosas do inquérito, elas foramtransmitidas de maneira não acolhida pela lei.”