Lula pede prudência na proposta boliviana sobre o fim do bloqueio econômico a Cuba

18/12/2008 - 0h36

Mylena Fiori
Enviada Especial
Costa do Sauípe (BA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não concorda com a adoção demedidas drásticas e imediatas para forçar o fim do bloqueio econômicoimposto a Cuba pelo governo norte-americano há 50 anos.Durantea Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração eDesenvolvimento (Calc), o presidente da Bolívia, Evo Morales, sugeriuque os países da região imponham um prazo para o fim do embargo eretirem seus embaixadores dos Estados Unidos caso não sejacumprido.“Eu sou mais cuidadoso que do que o Evo Morales”,respondeu Lula quando indagado por jornalistas se concordava com aproposta boliviana. Pediu prudência e diplomacia e disse que é precisoesperar para ver qual será a política do novo presidentenorte-americano, Barack Obama, para a América Latina e para Cuba. Obamaassumirá o cargo em 20 de janeiro. Mesmosem uma posição radical, os 33 países da América Latina e Caribereunidos na Calc lançaram um documento, chamado de declaração especial,pedindo o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto aCuba pelo governo norte-americano.