Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No lançamento oficial da Estratégia Nacional de Defesa, no Palácio do Planalto, opresidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (19) que o planovem ao encontro das reivindicações dos militares de modernização de seus equipamentos. De acordo Lula, “finalmente, vamos poder atender aos anseios das Forças Armadas quandopleiteiam a modernização dos seus equipamentos, armamentos, aviões,navios e viaturas blindadas”.O plano constata a desfasagem dos aparelhos usados pelas ForçasArmadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e prevê sua reestruturação para uma segunda etapa, pois a prioridade inicial é redefinir opapel de cada Força, conforme a proposta do governo.O presidente da República disse que o plano objetiva ainda, no futuro, levar o país a auto-suficiência de material de defesa, acabar com a importação e dominar a tecnologia de ponta nessa área.“Um país bem preparado, um país com boa indústria de defesa, comequipamento tecnológico profundo, bem equipado, certamente, ele estarámuito mais perto de não fazer uma guerra do que se ele não tiverabsolutamente nada e for totalmente despreparado”, afirmou.O presidente relembrou que, na época da Constituinte, a idéia de criação doMinistério da Defesa tinha apenas o objetivo de reduzir o poder dosmilitares. Para Lula, a criação do Ministério foi feita de forma “inibida”. E revelou que ao convidar Nelson Jobim para assumir o comando da Pasta, foipara que o país tivesse um verdadeiro ministério. “O que persistia na cabeça de muitos deputados naquela época[Constituinte] era que os militares tinham governado o país durante 23anos e que, portanto, era preciso ter o Ministério da Defesa apenasimaginando que ele fosse tirar poder das Forças Armadas”, disse.