Mylena Fiori
Enviada Especial
Costa do Sauípe (BA) - Em um comunicado deapoio à Bolívia, os 33 países que participaramda Cúpula da América Latina e do Caribe sobreIntegração e Desenvolvimento (Calc), pedem aos EstadosUnidos que mantenham as preferências tarifáriasoferecidas pela Lei de Promoção Comercial Andina eErradicação de Drogas (Atpdea). A preocupaçãoé com o impacto que o fim do acordo pode provocar no comércioentre os dois países e suas conseqüências sobre oemprego na Bolívia.De acordo com o presidenteboliviano, Evo Morales, as preferências tarifáriaspermitiam à Bolívia exportar US$ 21 milhões porano, em têxteis, aos Estados Unidos. O programa, implementado em1991, prevê tarifa zero para a entrada de seis mil produtos nomercado norte-americano em troca da erradicação dedrogas na Comunidade Andina.A suspensão das preferências tarifáriasoferecidas a produtos bolivianos foi anunciada pelo presidente dosEstados Unidos, George W. Bush, no final de setembro sob ajustificativa de que o governo boliviano não vinha colaborandona luta contra o narcotráfico.No comunicado de hoje(17), os presidentes latino-americanos e caribenhos se dizemconscientes de que a luta comum contra o problema mundial das drogasé uma “prioridade”, e “encorajam” os governos dosEstados Unidos e da Bolívia a dialogar no sentido de manter acooperação bilateral.Ontem (16), os chefes deEstado do Mercosul já haviam manifestado seu apoio àBolívia, anunciando a flexibilização das regrasde comércio para facilitar a importação deprodutos bolivianos, de forma a compensar a perda do mercadonorte-americano.