Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O mercado de seguros deve encerrar oano de 2008 com um crescimento de 15% sobre o faturamento registradoem 2007, de cerca de R$ 50 bilhões. Até outubro, aexpansão do mercado em comparação ao mesmoperíodo acumulado em 2007 tinha sido de 17,4%.A estimativa é de JoãoElísio Ferraz de Campos, presidente eleito da ConfederaçãoNacional de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada eVida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).“O mercado fecha bem, com toda essacrise que a gente está vivendo. Praticamente, atéagora, nós não fomos atingidos, porque o mercado émuito sólido no Brasil”, disse.João Elísio Ferraz deCampos, que também preside a Federação Nacionaldas Empresas de Seguros Privados e de Capitalização(Fenaseg), explicou que o bom desempenho do setor se deve, em boaparte, ao fato do mercado de seguros não possuir aplicaçõesfora do país. Segundo ele, a maior parte dosinvestimentos é em títulos do Tesouro Nacional. Porisso, não haverá necessidade das seguradoras secapitalizarem através de crédito bancário. “Nósnão temos nenhum problema de liquidez”, afirmou.
Ferraz de Campos disse ainda queo ano de 2009, mesmo sob efeito da crise financeira internacional,ainda será de crescimento, mas num ritmo menor do que 2008.“Eu acho que o mercado de seguros não deverá sermuito atingido. Pode ser que cresça menos do que a genteimagina, porque ele sempre cresce bem mais do que a inflação.Mas, eu estou com esperança. Vai ter crescimento”, disse.
O presidente eleito daCNSeg não acredita que a queda nas vendas de automóveisprovoque redução no mercado de seguros de carro.Segundo Ferraz de Campos, a pessoa pode até não comprar um carronovo, mas irá renovar o seguro do seu veículo usado.
“É possívelque a pessoa até não troque de automóvel, masela vai fazer o seguro do que tem”. O que está em crise,disse Ferraz de Campos, é a venda de carros, não oseguro, que deverá ser renovado.