Mylena Fiori
Enviada Especial
Costa do Sauípe (BA) - Brasil,Argentina e México levarão para o G20 Financeiro, grupoque reúne presidentes deBancos Centrais e ministros de Finanças dos paísesdesenvolvidos e dos principais emergentes, umaproposta comum da América Latina e do Caribe para oenfrentamento da crise financeira internacional. Por sugestãoda presidente do Chile, Michelle Bachelet, o consenso seráarticulado em uma reunião no dia 16 de março, em Santiado, capital chilena.Reunidos em Washington, no dia 15 de novembro, chefes degoverno das grandes economias desenvolvidas e em desenvolvimentodefiniram o prazo de 31 de março para a elaboraçãode propostas para regulação dos mercados financeiros.Uma nova cúpula está prevista para 30 de abril. Brasil,Argentina e México são os únicos paísesdas região que participam do grupo.Em entrevistacoletiva hoje (17), após o encerramento da Cúpula daAmérica Latina e do Caribe sobre Integração eDesenvolvimento, o presidente do México, Felipe Calderón,antecipou que a posição conjunta pedirá areforma dos organismos financeiros multilaterais, particularmente oBanco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e atémesmo o Banco Interamericano de Desenvolvimento e bancos regionais.“Ficou evidenciada sua incapacidade frente a crises da magnitudedesta que estamos vivendo”, justificou Calderón. Oslideres latino-americanos e caribenhos também recomendarãoque se evite o ressurgimento do protecionismo. “Tirar dos paísesda América Latina e do Caribe a possibilidade de aceder amercados muito mais completos e integrados só agravaria acrise e reduziria as possibilidades de investimento, crescimento eemprego”, afirmou. Por fim,os presidentes latino-americanos e caribenhos devem defender uma novaregulação dos mercados para evitar os “abusos” quelevaram à atual crise financeira. “É visívelque a mão invisível do mercado falhou e se requer umamão forte, visível e clara do Estado que regule o mundofinanceiro que apostou, equivocadamente, n auto-regulação”,frisou o presidente mexicano.