Marco Antônio Soalheiro*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dois madeireiros do municípiode Paragominas, no nordeste do Pará, apontados pela polícia civil como principais suspeitos de teremplanejado a manifestação do último domingo queresultou no incêndio de veículos, documentos e nadepredação do escritório regional do Ibama estão com prisão preventiva decretada pela Justiça. Osmandados foram expedidos pelo juiz da comarca, José JonasLacerda de Sousa.Segundo a assessoriado Ibama no Pará, os empresários também teriam praticado diversos crimes ambientais, como desmatamentosem licença e comércio de madeira ilegal. O ministro do MeioAmbiente, Carlos Minc, que esteve ontem (27) em Paragominas, confirmouhoje (28) em Brasília a interdição das serrarias dosenvolvidos no "episódio de vandalismo". Osequipamentos utilizados nas atividades ilegais serãoapreendidos. “Isso não vai ficar impune. Os responsáveisvão ser punidos”, disse.O ataque ao escritóriodo Ibama ocorreu em represália às apreensõesrealizadas pela Operação Rastro Negro, deflagrada peloórgão para combater a produção, o transporte e ocomércio ilegal de carvão vegetal no Pará. Desdeo fim de outubro foram destruídos mais de 200 fornos de carvãoilegais, apreendidos 120 metros cúbicos de carvãovegetal e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões. EmParagominas os fiscais apreenderam cerca de 400 metros cúbicosde madeira carregados em 14 caminhões. Eles acreditam que astoras eram retiradas de uma reserva indígena na região.