Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na avaliação da União Nacional dos Estudantes (UNE), o grande problema da meia-entrada para estudantes em eventos culturais, no Brasil, é o grande número de carteiras falsificadas, e não o usufruto do direito a pagar metade do valor da entrada pelos estudantes. “A UNE [União Nacional dos Estudantes] tem dito, a forma de resolver o problema da meia-entrada no país é aprovando e fazendo com que tenha uma carteira única, padronizada em nível nacional, distribuída para os estudantes brasileiros”, afirmou hoje (26) a presidente da UNE, Lúcia Stumpf.Ela reiterou que a instituição é contrária ao projeto aprovado esta semana, que estabelece cotas para a meia-entrada de estudantes. “É um direito conquistado já há mais de quatro décadas no país que precisa ser usufruído de forma plena pela juventude”, disse.De acordo com a presidente da UNE, o projeto atende somente aos interesses econômicos do setor artístico e cultural, “que é bom lembrar, já é o setor privado mais beneficiados por leis de incentivo e de fomento via benefícios estatais”.Lúcia Stumpf informou que a UNE vai lutar para que o projeto tenha que ser apreciado pelo Plenário da Câmara. Ele foi votado com caráter terminativo na Comissão de Educação, o que dispensaria uma nova votação, incluindo todos os deputados. No Planário, os estudantes esperam conseguir votos suficientes para barrar o projeto de lei.