Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, considerou “normal” o seu afastamento da diretoria de Inteligência da Polícia Federal. Ele participou hoje (26) de reunião com senadores e deputados, no gabinete do senador José Nery (PSOL-PA).Na ocasião, os parlamentares fizeram um ato de desagravo ao delegado policial em protesto ao seu afastamento da diretoria e do comando da operação Satiagraha, que levou à prisão o empresário Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Nagi Nahas.Na última segunda-feira (24), ao retornar de um curso de aperfeiçoamento da PF e se apresentar à diretoria onde estava lotado, Protógenes foi comunicado pelo diretor, Daniel Lorenz, que não faria mais parte daquela divisão.Na reunião com os parlamentares, o delegado disse que, posteriormente, foi comunicado, pela diretoria de Recursos Humanos, que será realocado para outro departamento “compatível com o histórico que tenho na instituição”.O delegado, mais uma vez não, poupou críticas ao empresário Daniel Dantas. Para ele, o empresário recebeu apoio de autoridades na montagem do suposto esquema de corrupção que foi o alvo da operação Satiagraha. ““A patranha montada em nosso país não foi montada originalmente daqui, foi montada fora, com a participação de autoridades”, afirmou Protógenes.Na sua opinião, o delegado Ricardo Saadi, que assumiu as investigações, manterá o mesmo rumo das conclusões de seu trabalho. Protógenes negou que negou que pretenda entrar para a vida política. “Eu sou candidato à missão que a Polícia Federal me designar”, afirmou ao ser questionado por jornalistas se a visita aos parlamentares seria um sinal de que pretende disputar um cargo eletivo.