Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)determinaram, hoje (26), o afastamento dos magistrados supostamente envolvidosnum esquema de venda de sentenças para favorecer umaorganização criminosa que explorava jogos ilegais.O afastamento terá que ser cumprido até a conclusão dos processos.A decisão foi tomada depois que os ministros do Supremo receberam,em parte, denúncia do procurador-geral da República,Antonio Fernando de Souza, e abrirem ação penal contrao ministro afastado do Superior Tribunal de Justiça (STJ)Paulo Medina e outras quatro pessoas, sendo outros dois magistrados eum procurador. O pedido de prisão preventiva contra os cincoréus, no entanto, foi rejeitado pelos ministros. O afastamento – medida já adotada por Medina –afetará também o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ªregião, José Eduardo Carreira Alvim e o juiz federal do TribunalRegional do Trabalho (TRT) de Campinas Ernesto Dória. O procurador-regionalda República João Sérgio Leal Pereira, também réu no processo,poderá se manter na função. O quinto denunciado foi o advogado VirgílioMedina, irmão do ministro afastado do STJ. Enquanto Paulo Medina responderá a ação penal por corrupçãopassiva e prevaricação, seu irmão, Virgílio, responderá apenas por corrupção passiva. Já odesembargador do TRF da 2ª região será réu em processo pelos crimes de corrupção passiva(duas vezes) e formação de quadrilha. O juiz Dória e o procuradorPereira vão responder por formação de quadrilha.