Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disseque “não foi protocolar”, ou seja, esperada conforme o protocolo oficial, a manifestação de líderes dos movimentossociais a favor de sua candidatura à Presidência da República para2010.Hoje (26), depois de receber 400 lideranças dos movimentos no Palácio do Planalto, em reunião convocada pelo presidente Lula, Dilma concedeu entrevista onde desconversou sobre a possibilidade de sair candidata.A representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras(CONEN), Cleide de Lima, defendeu a candidatura de Dilma. A ministra, no entanto, desconversou. “Eu achei que aqui, dentro do Palácio, não foi protocolar”, disse, ao ser questionada pelos jornalistas ao fimdo encontro, que durou cerca de quatro horas. Indagada se ficou contente com o apoio dos movimentospara uma possível candidatura, Dilma afirmou que não iria comentar oassunto e declarou que essa não era a questão principal do evento. “Aquestão principal é uma discussão do governo com os movimentos sociaispara ouvir as reivindicações”, disse. Filiada ao PT desde a década de 80, a historiadoraCleide de Lima defendeu a eleição de Dilma para dar continuidade aogoverno Lula. “Acreditamos  que ele [Lula] precisa dar conta desair 2010 elegendo a nossa sucessora, a nossa candidata, DilmaRousseff, à presidência. Queremos elegê-la para dar continuidade aosprogramas de Lula”, disse Cleide, que foi aplaudida pela platéia.Segundo ela, já está na hora de discutir a sucessão presidencial e de uma mulher ocupar o cargo mais importante do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi aguardadodurante toda a tarde por sindicalistas, movimentos populares,estudantes, mas não compareceu ao encontro. Estava prevista suaparticipação, mas ele não compareceu, depois de ter sobrevoado durante toda tarde de hoje as cidadescatarinenses mais atingidas pelos temporais. Assim que chegou à Brasília, no início da noite, Lulaseguiu direto para a residência oficial da Granja do Torto, ondeoferecerá jantar aos diretores das centrais sindicais, que tambémestiveram no Planalto.