Marina Silva diz que é preciso ouvir comunidades indígenas sobre gestão da água

24/11/2008 - 0h15

Lúcia Norcio
Enviada Especial
Foz do Iguaçu (PR) - Asenadora Marina Silva, vice-presidente da Subcomissão dasÁguas no Senado, disse, em Foz do Iguaçu, que arealização do Fórum de Águas dasAméricas no Brasil tem um significado especial, porque lembraa responsabilidade da população brasileira em lidar com11% de toda a água doce do planeta. Ele defendeu também que os povos indígenas sejam ouvidos sobre a gestão da águas no território nacional.

Ela foiuma das palestrantes no Fórum de Águas das Américase 5º Encontro Cultivando Água Boa que reúne, atéamanhã (25), na tríplice fronteira Brasil, Paraguai,Argentina, representantes de 33 países que discutem apreservação ambiental e o futuro dos recursos hídricosno mundo.

Paraenfatizar a responsabilidade do país na área ambiental,Marina Silva enumerou algumas questões, como o fato de oBrasil possuir a maior floresta tropical do mundo e possuir 60% decobertura florestal.

“Entretanto, não tem como discutir soluções para problemasambientais sem o compromisso conjunto de todos os setores do governoe da sociedade, adotando juntos critérios desustentabilidade”, assinalou a senadora.

Ela disseque ainda preocupa o fato de existirem 220 povos no país, quefalam cerca de 180 línguas diferentes e se constituem numpatrimônio de conhecimento das riquezas naturais de suascomunidades, que não são ouvidos pela ciênciaocidental, que ainda não aprendeu a aproveitar essepotencial.

Ressaltoutambém o esforço que o governo vem fazendo para proteger a floresta amazônica, porque isso seráfundamental para o Brasil apresentar no Fórum Mundial dasÁguas, que será realizado em março de 2009, naTurquia.