Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Diálogo éa solução para resolver o impasse entre a empresa brasileira Odebrecht e o Equador no caso da construção dausina hidrelétrica de San Francisco, afirmou o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília(UnB), Argemiro Procópio Filho. “Temos que resolverpela via do diálogo, que é a tradição dadiplomacia brasileira", disse o professor em entrevista àRádio Nacional.A crise entre os dois países começou quando o Equador resolveu se negar a pagarum empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES), no valor de R$ 243 milhões, contraído para pagar a obra da usina. Sob a alegação de irregularidades na obra, o governo equatoriano decidiu recorre à Câmara de ComércioInternacional, em Paris, visando a uma possível suspensãodo pagamento da dívida. Do lado do Brasil, o embaixadorbrasileiro no Equador, Antonino Marques Porto, foi chamado para dar explicaçõessobre a situação com o vizinho. Procópio tambémalertou que tanto Brasil quanto Equador precisam rever as posiçõesna disputa. “Tanto o governo equatoriano precisa decomedimento, de calma, e entender que existem muitas portas para odiálogo, quanto o Brasil precisa entender que não énecessário ficar tão atencioso em relaçãoaos interesses da Odebrecht e colocar os interesses da empresa acimados do Estado."