Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Plano Estratégico de Defesa Nacional, em elaboração pelo governo, trata a defesa da Amazônia como uma ação combinada entre desenvolvimento econômico e sustentável, com a presença militar na região. A informação é do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), integrante da diretoria da Frente Parlamentar da Defesa Nacional, que teve acesso hoje (25) a uma prévia do documento, durante reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em entrevista ao deixar o ministério, Aldo classificou o plano de “ousado” e disse que os trabalhos estão adiantados. O parlamentar acredita que o documento deve ser apresentado no prazo previsto, até dezembro. De acordo com o deputado, divergências com o Paraguai e com o Equador não tiveram influência na elaboração do plano.O governo paraguaio defende a revisão do preço pago pelo Brasil pela energia da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Na semana passada, autoridades do Paraguai acusaram militares brasileiros de terem “violado” o território daquele país, o que, segundo a assessoria do Itamaraty, não passou de um mal-entendido já esclarecido. Em relação ao Equador, o embaixador do Brasil em Quito, capital do país vizinho, Antonino Marques Porto, foi chamado ao Brasil depois da decisão do presidente Rafael Correa de suspender as obras da Usina Hidrelétrica San Francisco, feita pela Odebrecht, e não pagar o empréstimo feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de US$ 243 milhões para a construção da usina.