Mantega pede a estados e municípios que adiem cobrança do Simples por 60 dias

24/11/2008 - 12h57

Daniel Lima e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Oministro da Fazenda Guido Mantega, informou hoje (24) que pediu aestados e municípios que prorroguem por 60 dias a cobrançado Simples, como forma de aliviar a pressão nas empresas emfunção da crise.Mantegaparticipa da reunião ministerial na Granja do Torto, onde estásendo traçado um panorama da economia nacional, de modo quetodos os presentes possam conhecer a solidez do país e comoestímulo a que mantenham os programas de governo emfuncionamento.Oministro fez a apresentação economia, junto com opresidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nos aspectosfinanceiro e monetário. A ministra Dilma Rousseff falou sobreas ações do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC) e da importância de mantê-las, jáque estimulam os setores elétrico, de habitaçãoe de saneamento.Mantegadisse que alertou para o fato de as medidas tomadas na zona do euro enos Estados Unidos seguraram o “derretimento” dos bancos, mas ocrédito não voltou e passou a afetar a economia como umtodo.Segundoele, isso passou a ter efeito nessas regiões, que aapresentaram queda (recessão)Eledisse também que o mais importante nisso é que ospaíses estão atentos para não repetir a criseque se seguiu à quebra da Bolsa em 1929 e perdurou nos anossubsequentes. Naquela época, as ações foramisoladas e decidiu-se por um forte protecionismo.“Agora,os países escaldados resolveram agir com políticasanticíclicas”.Mantegadisse que no caso do Brasil o país tem feito o “dever decasa” para enfrentar a crise. Lembrou, por exemplo, que a safra2008/2009 está preservada, com pequenas perdas em produtos específicos.“Nossoanticíclico é manter todos os programas emfuncionamento. Digamos que a situação no Brasil estásob controle graças às nossas medidas. O governocontinuará tomando medidas anticíclicas no sentido demanter o patamar de crescimento em torno de 4% no próximoano”.Eleenfatizou que o G20 tem feito grande esforço no sentido deestimular as atividades produtivas, com redução dejuros e aumento da atividade econômica. Segundo Mantega, agoranão é mais o G7 que toma as decisões e o G20 temdemonstrado condições de sugerir rumos seguros para aeconomia.Areunião ministerial foi aberta por volta de 9h40 pelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva e em seguida Mantega eMeirelles fizeram sua apresentação.Emseguida, o ministro de Relações Exteriores, CelsoAmorim, falou sobre a reunião do G 20, ocorrida no últimodia 15, na capital norte-americana, que teve como foco discutir acrise financeira com líderes de economias desenvolvidas e emdesenvolvimento.Essaé a terceira reunião ministerial de 2008 e a primeiraem que Lula reúne toda a equipe, desde o início dacrise financeira mundial. Também participam dos debates ossenadores Roseana Sarney, líder do governo no Congresso, eRomero Jucá, líder do governo no Senado; e o deputadoHenrique Fontana, líder do governo na Câmara. O ministrodo Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior nãoparticipa do encontro, pois cumpre agenda no exterior.