Bancários do DF rejeitam proposta de reajuste e programam paralisações para amanhã

25/09/2008 - 21h08

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os bancários doDistrito Federal rejeitaram, em assembléia realizada na noitede hoje (25), proposta feita ontem (24) pela FederaçãoNacional dos Bancos (Fenaban) para reajustar em 7,5% os saláriose de outras vantagens, a partir deste mês, data-base da categoria.A assembléia,organizada pelo Sindicato dos Bancários do DF, decidiu pelarealização de paralisações parciais emagências da Caixa Econômica Federal amanhã (26/9)e na segunda-feira (29) em agências do Banco do Brasil. Tambémna segunda, a categoria deve realizar nova assembléia, às19h, no Setor Bancário Sul, com indicativo de greve paraterça-feira (30).Não estádescartada a realização de paralisaçõessetoriais em outros bancos, como Bradesco, Itaú, BRB eUnibanco, a critério de decisões dos representantessindicais nessas instituições bancárias .Ao rejeitar a propostada Fenaban, os bancários alegaram que o percentual nãoatende às suas aspirações, uma vez que o ÍndiceNacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12meses ficou em 5,15%.Enquanto isso, segundoos bancários, o setor de intermediaçãofinanceira e de seguros cresceu 12,5% no período, mais que odobro do aumento do Produto Interno Bruto Nacional (6,1%).A categoria queraumento real, valorização dos pisos salariais emelhorias no vale-alimentação. Por isso os bancáriosreivindicam reajuste real de 5%, acima dos 7,15% do INPC, cesta-alimentação equivalente ao salário mínimo(R$ 415,00) e contratação da remuneraçãototal no valor nominal de salários.Outra reivindicaçãoque será apresentada aos banqueiros até segunda-feira éde implantação de Plano de Cargos e Saláriospara os empregados de todos os bancos, com 1% de reajuste a cada anode trabalho, que será dobrado a cada cinco anos (2%),obrigando-se as instituições bancárias a fazerpromoções pelo menos em um nível a cada cincoanos.Os bancários doBB e da CEF querem isonomia salarial entre os novos e antigosfuncionários e melhoras nos planos de saúde. No Bancodo Brasil, eles querem plano odontológico feito pela Cassi (oplano de saúde dos servidores do BB) e nãoterceirizado, e a quebra do voto de minerva existente no BB Previ(Previdência Privada dos funcionários), "quepermite à diretoria tomar decisões à revelia dossegurados".No Banco de Brasília o Sindicato dos Bancários quer assegurar maiores direitos egarantias para os funcionários. Algumas agências do BRBpoderão ter paralisações parciais atésegunda-feira.