Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A ouvidora-geral daUnião Eliana Pinto disse hoje(25) que a participaçãoda população na administração públicaainda é muito pequena. “Não há aindaconsciência de que o promotor, o executor e o fiscalizador doEstado é o próprio cidadão”. Segundo aouvidora-geral, no Brasil não há a cultura daparticipação, do diálogo, da interação.Um serviço como o de ouvidor, segundo ela, precisa ser tãoutilizado como os de atendimento ao consumidor das empresas, querecebem milhares de queixas de serviços e produtosineficientes. De acordo com ElianaPinto, em 2003 foram criadas 40 ouvidorias federais, perfazendo umtotal de 145 unidades disponíveis como canal de comunicaçãoentre o cidadão e o poder público. “Mas precisamosampliar este trabalho, principalmente nos municípiosbrasileiros, onde o povo acompanha mais de perto as realizaçõesdas políticas públicas”, defendeu. De acordo com aouvidora, dos 5.564 municípios, apenas 180 têm esseespaço de comunicação. Dos 26 estados e oDistrito Federal, 22 já têm ouvidorias. Eliana Pintoparticipou, em Curitiba, da abertura do 1º Encontro Nacional dasOuvidorias da Justiça do Trabalho, promovido pelo TribunalRegional do Trabalho da 9ª Região.