Kennedy Nunes propõe metrô privado para resolver trânsito em Joinville

25/09/2008 - 5h42

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para melhorar o trânsito de Joinville, município com500 mil habitantes e uma das economias mais prósperas de SantaCatarina, o candidato a prefeito pelo PP, Kennedy Nunes, quer implementaruma linha de metrô de superfície ligando as zonas sul e norte dacidade. “Entre essas duas áreas é que ocorre a maior parte do tráfego diário,pois temos uma concentração populacional na parte sul da cidade e umaconcentração de empresas na parte norte”, destacou.De acordo com Kennedy Nunes, a intenção é realizar aobra somente com recursos privados. “Existem empresas internacionaisinteressadas em implementar metrô no Brasil. Algumas empresas japonesas,por exemplo, estão entre Joinville e Florianópolis para trabalhar comlinhas de metrô. Acho que, para o nosso município, é uma opção viável”, afirmou o candidato. Para ele, vencida a fase de licitação, em doisanos e meio será possível ter o metrô circulando.“Nossa proposta é instalar o metrô de superfície.Dessa forma, não precisaremos fazer desapropriação, não será necessárioabrir a linha. Usaremos as vias já existentes”, detalhou. A obra, deacordo com Kennedy Nunes, teria um custo de R$ 60 milhões e a linhateria uma extensão de nove quilômetros. Com o metrô em funcionamento, Kennedy Nunes propõeainda a reformulação das linhas de ônibus, para que circulem de formaintegrada. “A linha passaria a circular das estações para os bairros,dando mais agilidade e mais conforto para os usuários”, destacou.Kennedy Nunes é candidato à prefeitura de Joinvillepela segunda vez. Ele também concorreu em 2004, obteve 44.413 votos, masnão se elegeu. Aos 18 anos, se candidatou pela primeira vez a vereadore, para isso, teve que pedir uma autorização ao Tribunal SuperiorEleitoral (TSE), já que não tinha completado 18 anos na época dainscrição das candidaturas. Em 1998, assumiu o primeiro mandato comovereador e, em 2001, foi reeleito. Em 2006, foi eleito deputadoestadual.O candidato também defendeu o subsídio público nopreço da passagem de ônibus. “Temos uma das passagens mais caras doBrasil e nenhum centavo de subsídio público. Minha intenção é pegar ametade do que se gasta atualmente no gabinete do prefeito  e converterem subsídio. Atualmente, o gabinete do prefeito tem uma dotaçãoorçamentária no valor de R$ 12 milhões mensais. Com a metade dissoinvestida na passagem teríamos condição de reduzir dos atuais R$ 2,50para R$ 1,80 o preço do bilhete”, detalhou.Na área de educação, o candidato do PP pretende darautonomia financeira para as escolas do município. Isso significa quecada escola teria seu orçamento e direcionaria esses recursos para asáreas que ela considera prioritárias.“É comum ver escolas precisando de pequenas obras demanutenção, de materiais escolares e a prefeitura não fornecendo osrecursos para suprir essas necessidades. Com o diretor administrando osrecursos, ele poderá ter mais agilidade para investir no que realmente énecessário. Poderá ainda comprar os ingredientes perecíveis da merendaescolar no próprio bairro”, explicou.Essa descentralização, na opinião de Kennedy Nunes,não vai contribuir para que ocorra corrupção com os recursos daeducação. “Pelo contrário, quem vai fiscalizar a aplicação dos recursossão os próprios pais, os representantes das comunidades, que poderão seorganizar em forma de conselhos”, disse. “E não há fiscalmelhor porque trata-se do principal interessado na prestação de serviçode qualidade. Além do mais, é um fiscal de fora da administração, o queo torna mais isento”, completou.Outra proposta de Kennedy Nunes é reduzir o preço quese paga pela água em Joinville. Ele disse que após a municipalizaçãodo serviço, que ocorreu há dois anos, houve uma aumento de 40% no preçopago pelo metro cúbico de água. “A companhia municipal de abastecimentotem atualmente um faturamento de R$ 7,5 milhões mensais. A atualadministração alega que é para que a companhia tenha poder deendividamento, para que se possa fazer obras de saneamento. No entanto,esse poder de endividamento pode ser o da própria prefeitura e nãofeito com o dinheiro da população. O valor que se paga pelo metrocúbico de água pode ser 30% menor. Essa redução não vai comprometer aqualidade do abastecimento  nem a saúde financeira da empresa”,considerou.